ANTES DA PRIMEIRA MORDIDA
Sem preocupações com inovações literárias ou verdades profundas e longe de conflitos psicológicos, o autor de Asilo das Lembranças preparou o seu Doce Fruto com uma receita que leva pouca descrição de ambientes e personagens, muitas articulações entre os vinte adocicados capítulos (o que possibilita uma boa ação da narrativa) e diálogos dentro de uma dinâmica parecida com a das telenovelas. Com este preparo, o romance conquista o paladar desta nova geração, acostumada com cinema, TV e internet, e consegue envolver estes novos leitores com os ingredientes do enredo que se desenrola em duas fases: o grande amor entre Tuca e Beto, e o destino do “fruto” dessa paixão: Julinha.
Embora para aqueles acostumados na leitura deste tipo de romance antecipe o seu final, isto não muda o valor calórico da obra, uma vez que o chamado “happy end” é comum no desfecho das histórias românticas. Então, caro leitor, sem apetite de querer saber apenas o sabor do final, procure degustar cada pedacinho do texto e extrair uma deliciosa leitura deste Doce Fruto que agora tem nas mãos, porque tenho certeza que você ficará, assim como eu fiquei, com o “gostinho de quero mais”.
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